A fecundação é o processo pelo qual um ovócito e um espermatozoide se unem, dando origem a um zigoto ou embrião. Esta união ocorre no aparelho genital feminino, mais concretamente na Trompa de Falópio da mulher. Pressupõe que haja uma adequada produção de gâmetas (ovócitos e espermatozoides), que as trompas estejam em bom estado e que o coito ocorra no momento adequado.
A mulher tem, ao nascer, cerca de 400 000 de folículos primordiais em cada ovário.
Na puberdade inicia-se a maturação desses folículos e a produção dos ovócitos de forma cíclica (de 28 em 28 dias) que se vai manter durante toda a vida reprodutiva. Em cada ciclo ovulatório a libertação do óvulo maduro ocorre aproximadamente a meio do ciclo e é induzida por um aumento da hormona LH.
A mulher encontra-se então, no seu período fértil.
Durante o coito, milhões de espermatozoides libertados no interior da vagina têm de passar pelo colo do útero e ascender pela cavidade uterina até às trompas de Falópio, onde encontram o óvulo. Muitos perdem-se durante o percurso, chegando ao óvulo apenas algumas dezenas.
Quando um espermatozoide consegue penetrar no óvulo, ocorre imediatamente um bloqueio, que impede a entrada de outros espermatozoides. A partir desse momento, o ovócito fecundado irá sofrer uma série de alterações, que têm como objetivo a criação e desenvolvimento de um embrião.
À medida que ocorrem as primeiras divisões celulares, o embrião desce pela trompa até à cavidade uterina onde chega por volta do 4.º dia após a fecundação. Se houver nidação e gravidez surgem alterações hormonais que impedem o aparecimento da menstruação.
Em caso de ciclo natural, a probabilidade de:
- Alcançar uma gravidez é de cerca de 25 %
- Ocorrer um abortamento espontâneo é de 15 %
- Ocorrer uma gravidez múltipla é de 1-2 %